terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Es Probable que nada Pase

A Organização Internacional do Trabalho estima que a população indígena mundial (300 milhões de pessoas) vive em zonas onde se encontram 60% dos recursos naturais do planeta.
Isto representa uma séria ameaça para essas populações, já que são muitas as empresas multinacionais ansiosas por explorar esses recursos. No México, em Janeiro de 1994, o governo assinou um acordo de Livre Comércio com os Estados Unidos e o Canadá, abrindo as suas portas à invasão das multinacionais. Mas para surpresa geral, um grupo de homens e mulheres, na maioria indígenas, saltou da floresta para gritar: “Estamos aqui! Existimos!”, opondo-se à construção de aeroportos, auto-estradas e indústrias nos seus teritórios. Recusam-se a produzir para consumo dos Estados Unidos. Vivem em condições miseráveis, mas resistem á brutal repressão das autoridades mexicanas. O objectivo é que estes povos, esqueçam a sua cultura, as suas tradições e se entreguem ao mercado capital. Mas... ES PROBABLE QUE NADA PASE!


Durante ums semana, no espaço 555 na cidade do Porto, o México esteve em destaque com duas exposições: "Es Probable que nada pase" e "Atenco Libre", projecção de vários Documentários sobre o Exército Zapatista de Libertação Nacional, e as operações políciais em Atenco e Oaxaca, a realização de um debate com Eva Garcia e jantares vegetarianos de inspiração mexicana.
Foi também elaborada uma carta para ser enviada ao Embaixador Mexicano em Portugal, que foi assinada por cerca de 50 pessoas.
Muita gente ficou sensibilizada com a luta do povo mexicano, e é natural que muito brevemente surjam novas iniciativas.

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