sábado, 16 de dezembro de 2006

MOBILIZAÇÃO MUNDIAL POR OAXACA

22 de dezembro 2006 - 13 horas
Embaixada do México em Lisboa
Na tarde do dia 22, realizou-se em Lisboa, em frente à Embaixada do México, uma Acção pacífica de Solidariedade com o Povo de Oaxaca. Dois manifestantes foram ouvidos na Embaixada pelo Ministro Francisco Javier Olavarría Patiño (Jefe de Cancillería) que recebeu uma carta assinada pelos manifestantes e escutou as suas preocupações com a violência e repressão que se vive em Oaxaca, bem como a situação dos presos políticos e as denúncias de violações de direitos humanos, garantindo que iria fazer chegar essas preocupações ao Embaixador (ausente no México) e ao governo mexicano. A Acção prosseguiu com algumas pessoas á porta da Embaixada, empunhando cartazes denunciando os crimes cometidos no México. No mesmo dia foi enviada uma carta ao Embaixador assinada por várias pessoas e pela ATTAC – Associação para Taxação das Transacções Financeiras para Ajuda ao Cidadão, CIDAC – Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral e SPGL – Sindicato dos Professores da Grande Lisboa.
SOMOS TOD@S OAXACA!


*Pelo reaparecimento, com vida, das pessoas desaparecidas;
*Pela Liberdade de todos os detidos;
*Pela saída de Oaxaca de Ulisses Ruiz (Governador de Oaxaca) e das Forças Federais;
*Pelo julgamento e punição de todos os culpados pela tortura, violação e assassínio.
*Em suma: Pela Liberdade, Democracia e Justiça para o povo de Oaxaca.


Enviem, por favor mensagens ao embaixador mexicano em Portugal, exigindo o fim da repressão, a liberdade de todos os presos políticos e desaparecidos, e a investigação rigorosa e imparcial de todos os crimes de violação de direitos humanos cometidos em Oaxaca.
e-mail da embaixada: embamex.port@mail.telepac.pt
e-mail do embaixador: mtoussaint@sre.gob.mx
Embaixada do México
Mauricio Toussaint
Estrada de Monsanto,78
1500 - 462 Lisboa
Tel. (351-21) 762 12 90, Fax (351-21) 762 00 45

Tudo começou a 14 de Maio de 2006, quando 70 mil professores de Oaxaca entraram em greve com um grande apoio popular da cidade. A greve não terminou. Em vez disso o governador de Oaxaca, Ulises Ruiz Ortiz, mandou a Polícia Federal Preventiva (PFP) acabar com os protestos. Tiveram que lidar com a resistência dos professores apoiados pelos cidadãos de Oaxaca. Esta situação levou a uma intensificação da violência e da repressão governamentais, o que não intimidou a população civil: homens, mulheres e crianças vieram para as ruas, em defesa da sua terra, da sua dignidade, e de um futuro democrático. O número aproximado de detidos, até agora, é de 85. Cerca de 34 pessoas desapareceram e 15 foram mortas por forças policiais ou paramilitares. De facto, todos os dias há numerosos actos de agressão a manifestantes, das suas famílias e apoiantes. As mulheres são especialmente atingidas, como se viu nos ataques anteriores em Atenco, onde as mulheres foram procuradas e violadas pela PFP. Muitas mulheres de Oaxaca estão actualmente detidas, por causa dos seus actos de resistência.

Situação dos direitos humanos em Oaxaca será analisada por uma comissão internacional

Amanhã (dia 16/12/2006) chegará ao estado mexicano de Oaxaca uma delegação da Comissão Civil Internacional de Observação pelos Direitos Humanos, com a intenção de analisar a situação que vive a zona em matéria de garantias individuais.
A comitiva de 16 activistas é integrada por especialistas da Suécia, Portugal, Nicarágua, Noruega, República Dominicana e Dinamarca, entre outros países.
Nos seis meses que leva o conflito entre a Assembleia Popular do Povo de Oaxaca (APPO) e a Polícia Federal Preventiva (PFP) várias organizações internacionais têm recebido denúncias sobre detenções arbitrárias, torturas e desaparecimentos.
A APPO denunciou que mais de 200 pessoas têm sido detidas arbitrariamente desde que começou o conflito, com as exigências do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Educação.Os militantes foram detidos sob as acusações de associação delitiva, roubo e danos por incêndio. Fonte:La Jornada

2 comentários:

Joana Caetano disse...

oupa, ta a botar pra Lisboa!!

Anónimo disse...

Oaxaca libre! Vamos exigir a Liberdade do povo de Oaxaca! Ya basta!